A FUNDAÇÃO
A Fundação Pedro Jorge é uma organização sem fins lucrativos, instituída pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 1985, dirigida por membros da carreira e com destacada atuação em projetos e ações de responsabilidade social.
Em 2016, a Fundação decidiu ampliar suas atividades e adotar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU, buscando desempenhar um papel transformador no combate à pobreza, erradicação de doenças, redução da fome, criação de empregos, empoderamento de mulheres, controle da mortalidade infantil e proteção da natureza.
MISSÃO
Atuar prioritariamente em duas vertentes: capacitação e responsabilidade social.
VISÃO
Celebrar parcerias com organizações e com a sociedade, buscando o fortalecimento de uma nova cultura: o auxílio mútuo. Empreendendo ações que cuidem do planeta e das pessoas, priorizamos a criação de sistemas sustentáveis que promovam a prosperidade e a paz.
VALORES
Norteados pelo princípio fundamental da solidariedade, temos o compromisso de trabalhar com ética, justiça e valorização humana.
NOSSO PATRONO
Nascido na cidade de Maceió (AL), em 21 de setembro de 1946, Pedro Jorge de Melo e Silva ingressou no Seminário Menor de Maceió aos 8 anos de idade. Aos 11, transferiu-se para a Escola Claustral dos Monges Beneditinos em Garanhus (PE). Em 1962, aos 16 anos, fez seu noviciado no Mosteiro de São Bento de Olinda (PE), vindo a pronunciar os votos em 8 de dezembro de 1964.
Aos 22 anos, porém, deixou o Mosteiro, formado em Filosofia. Mas continuou profundamente ligado à comunidade tanto pela amizade, quanto por sua estreita colaboração à casa religiosa, onde também aprendeu francês, inglês, alemão, latim e grego. Nessa época, já se revelava um excelente pianista e organista.
Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, em 1º de dezembro de 1972. Ingressou no Ministério Público Federal em 3 de julho de 1975, aos 28 anos de idade. Em 25 de maio de 1977, foi designado para chefiar a Procuradoria da República no Estado de Pernambuco, desempenhando sempre suas atividades com afinco e firmeza.
No primeiro semestre de 1981, o tenente reformado da Polícia Militar David Jurubeba – proprietário de uma fazenda na cidade de Floresta, no interior de Pernambuco – teve pedido de financiamento negado pelo gerente da agência do Banco do Brasil na mesma cidade. Sentindo-se injustiçado, o tenente denunciou a ocorrência de fraudes em Floresta, município que fazia parte do programa PROAGRO, de incentivo agrícola. Tratava-se do desvio de milhões de cruzeiros (moeda corrente na época).
Imagem: Diário de Pernambuco
Foram mais de 300 financiamentos irregulares para o plantio de mandioca, segundo investigação de auditores do Banco do Brasil e do Banco Central. 30% dos créditos destinados ao custeio agrícola foram concedidos a pessoas de nomes fictícios. Em 50% dos casos, agricultores pobres assinaram, sem saber, documentos bancários que os tornavam devedores do Banco do Brasil em milhões de cruzeiros.
O Escândalo da Mandioca – nome dado pela imprensa ao caso – virou notícia em todo o país. O inquérito policial, com 30 volumes e 240 indiciados, foi distribuído ao procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. Entre os envolvidos, figuravam oficiais da Polícia Militar de Pernambuco, um deputado estadual e um vereador de Floresta. No dia 6 de janeiro de 1982, ele ofereceu denúncia contra 19 dos indiciados, que tiveram seus bens sequestrados.
Pedro Jorge recebia ameaças constantes, segundo relato do confidente e amigo de seminário, Dom Basílio Penido. No dia 3 de março de 1982, Pedro Jorge foi assassinado, vítima de seis tiros, três à queima-roupa, quando saía de uma padaria, no bairro onde morava na cidade de Olinda (PE), deixando viúva Maria das Graças Vigas e Silva, e duas filhas ainda crianças, Roberta e Marisa.
DIRETORIA
A diretoria da Fundação Pedro Jorge é composta pelo Diretor-Geral, o Procurador Regional da República Ubiratan Cazetta, pelo Diretor Financeiro, o Procurador da República no Distrito Federal Marcelo Ribeiro de Oliveira, pela Diretora de Projetos e Ensino, a Procuradora da República no Distrito Federal Anna Carolina Rezende Maia Garcia e pela Diretora Administrativa, a Procuradora da República no Distrito Federal Melina Castro Montóya Flores.
EQUIPE
Além das diretorias, fazem parte do corpo funcional da FPJ a Coordenadora Administrativa, Nara Maubrigades e a Assistente Financeira Flávia Rodrigues.